Financiamento de campanha e representatividade
de candidatos e partidos (voto em lista, voto distrital simples ou composto,
como exemplos) são temas praticamente certos no plebiscito da reforma política.
Mas tem um em especial que me dá coceiras e incertezas: as execráveis emendas
parlamentares individuais, distribuídas a deputados e senadores, a título de
financiamento de projetos e obras em seus redutos eleitorais. Até quando teremos
de aturar essa vergonhosa compra de votos?
Em tempo: Tramita nos bastidores da Câmara dos
Deputados a PEC 565 que pretende tornar OBRIGATÓRIA A INCLUSÃO NO ORÇAMENTO DA
UNIÃO de verba específica para o
pagamento das emendas individuais dos parlamentares. A obrigatoriedade é uma
forma de garantir o recebimento da bolada, independentemente do humor do
governante de plantão. O cálculo seria feito levando-se em consideração a arrecadação
federal. Em valores de hoje, seriam cerca de R$ 7 bilhões para rateio - o que
garantiria aos nobres parlamentares cerca de R$ 12 milhões