É difícil ser líder na América Latina, concluiu o Latinobarómetro. Isso porque, apesar de (obviamente) conhecer bem o seu próprio presidente, pequena é a parcela da população latina que admite conhecer o principal mandatário de um país não necessariamente vizinho ao seu.
Cerca de 40% da população da Argentina, Brasil, Bolívia, Peru e Chile reconhecem os nomes dos seus respectivos presidentes. Mas ser presidente de um país não-vizinho é amargar um anonimato na região.
Mesmo Fidel Castro, há várias décadas no poder, e George Bush, o mais poderoso em todo o mundo, tem um índice de conhecimento considerado baixo pela população da América Latina. Segundo o Latinobarómetro, 21% da população da região não conseguiu dizer quem é um ou quem é o outro.
Hugo Chavez também é um completo desconhecido fora de seus domínios. Cerca de 30% dos latino americanos não o conhecem.
Para tentar encontrar um possível candidato a líder na região, o Latinobarómetro usou duas escalas. A primeira, mostra o quanto cada presidente é conhecido nos demais países. A outra, é a avaliação que a população local faz sobre ele.
Os que se saíram melhor no quesito reconhecimento foram, pela ordem, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a chilena Michelle Bachelet e o uruguaio Álvaro Uribe.
No quesito aprovação, as três primeiras posições foram mantidas. Na escala de 0 a 10, deu Lula, com 5.8, Michelle Bachelet, com 5.5 e Álvaro Uribe, 5.4.
Nos 18 países onde foi realizada a pesquisa, o brasileiro Lula ficou reprovado apenas no Chile, El Salvador e Honduras, com índice de aprovação de 4.9 nos três países. Já o maior índice de aprovação do presidente brasileira foi registrado na Venezuela, com 7.0.
Curiosamente, George Bush e o venezuelano Hugo Chavez possui o mesmo índice de desaprovação (39%) na América Latina. Ambos estão pouco acima do cubano Fidel Castro, que embora conhecido por 79% da população latino americana (ou desconhecido por 21%, conforme o ponto de vista), recebeu a pior avaliação, com 41% de desaprovação.
Sobre Bush, o Latinobarómetro concluiu sua imagem é melhor nos países da América Central e na Colômbia e pior na Argentina, no Uruguai e no Chile. Enquanto no Panamá Bush tem uma imagem positiva de 61% da população, na Argentina para míseros 6%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário