Encurtando a história: minha filha não se mostrou interessada, mas começou a freqüentar a tal "turma especial". Antes do primeiro mês chegar ao fim, disse-me que não via sentido naquilo, que se sentia perdendo tempo e que preferia ocupar as tardes "extras" com algo mais dirigido à carreira que realmente pretendia seguir.
"Todo mundo que está ali quer ser engenheiro ou médico e os professores limitam-se a ensinar a resolver questões que já caíram ou certamente caírão no vestibular", argumentou.
Sugeri que ela explicasse isso à direção da escola, mas fui novamente convocado, desta vez em companhia dela, para uma reunião com o dono do colégio, onde ele tentaria dissudí-la, esperando, talvez, contar com minha cumplicidade. A conversa, no entanto, não durou 10 minutos.
Minha filha deixou a tal "turma especial", continua a aparecer no "quadro de honra" (reservados aos alunos de "primeira classe") e, além do inglês e do espanhol que estuda há seis anos, passou a cursar aulas de chinês. Nada mal para quem planeja fazer Direito Internacional para depois tentar a carreira diplomática.
De onde ela tirou isso, não faço a menor idéia. Não fui eu, não foi a escola. Mas já estou me preparando para discultir os valores relativos aos direitos de imagem, caso o nome dela seja usado como chamariz pelo bem sucedido empresário ex-professor.
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