1 de abr. de 2007

Cinzas famosas e anônimas

Antes de morrer, em agosto de 2002, Edward Headrick, inventor do frisbee, aquele disco de plástico que os americanos adoram lançar uns para os outros, pediu aos seus familiares que suas cinzas fossem colocadas no interior de um desses brinquedos voadores especialmente modelados para a ocasião. O disco, segundo Headrick, não deveria ser guardado, mas “jogado por aí” para que alguém, sem saber da história, ficasse com ele. Ninguém sabe ao certo se o pedido foi ou não atendido, no todo ou em parte. Há quem jure que sim.

Já a Forever Entrepises, responsável pela administração de vários cemitérios na Califórnia, Kansas e Missouri, acha injusto que recordarmos nossos antepassados apenas por um nome, um par de datas ou mesmo um determinado fato talhados na pedra sepulcral. Por isso resolveu colocar no mercado o primeiro memorial multimídia. Trata-se do ForeverNetwwork (www.forevernetwork.com), uma superprodução digital capaz de fazer inveja a algumas produções de Hollywood.

O pacote completo, oferecido no site da empresa a US$ 4 mil, inclui um documentário com os principais fatos ocorridos desde o nascimento até a morte do ente querido. O material é exibido em telas de plasma líquido durante o funeral e permanece disponível para a posteridade, podendo ser reeditado, por exemplo, para receber novos conteúdos.
Talvez não seja por acaso que um dos maiores cemitérios da Forever Entrepises, o Hollywood Memorial Park, encontre-se localizado próximo aos estúdios da Paramount. Ali, estão sepultados, entre outros, o ator Rudolph Valentino (1875-1926) um dos maiores nomes da história do cinema.

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