1 de abr. de 2007

Crematórios viram fabricantes de diamantes

De olho nas estatísticas de órgãos oficiais que apontam um índice de 25% de cremações nos Estados Unidos, várias empresas tentam inovar com um leque bem variado de opções para as cinzas de entes queridos. A criatividade neste mercado passa a ser o limite, como demonstra o pessoal da LifeGem Memorials (http://www.lifegems.com/). A empresa, com sede em Chicago, promete produzir diamantes inteiramente produzidos com cinzas de seres humanos, como forma de, literalmente, eternizar parentes e amigos.

A técnica utilizada é relativamente simples: as cinzas decorrentes de uma cremação tradicional são purificadas em forno especial capaz de atingir uma temperatura próxima dos 1.700 graus centígrados. O resultado é uma quantidade de carbono – o mesmo material dos diamantes – que é submetida a um processo de compressão por um período mínimo de um mês.

Dependendo da quantidade de cinzas de cada “cliente” é possível conseguir-se até 50 diamantes. Os preços variam entre US$ 4 mil e US$ 22 mil, dependendo do grau de pureza do diamante. As cinzas não utilizadas são devolvidas à família e poderão ser utilizadas para a reposição das peças em caso de roubo ou perda.

Diamantes sintéticos, é bom que se diga, são fabricados há mais de meio século, mas esta é a primeira vez que cinzas humanas estão sendo utilizadas na fabricação desses pequenos objetos de desejo. No Japão, mais de 90% dos mortos são cremados, o que me leva a prever um futuro promissor para a atividade.

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