1 de abr. de 2007

Uma obra de arte macabra

A Memorial Art (http://www.memorialart.com/), uma empresa localizada no Mississipi, aposta num segmento do mercado pós-vida no mínimo curioso: obras de artes como uma forma “elegante de demonstrar amor e perpetuar um sentimento”. Cinzas humanas e de animais de estimação são usadas pela empresa em quadros ou esculturas, próprias ou de terceiros.

A técnica foi criada e aperfeiçoada quando uma das sócias da Memorial Art revolveu utilizar as cinzas da própria mãe em uma tela. O resultado agradou e as encomendas, segundo ela, nunca mais pararam. As cinzas são colocadas com bastante cuidado sobre telas, de modo a não interferir na pintura.

Quem também está de olho neste mercado, é a Eternal Reefs (http://www.eternalreefs.com/), uma empresa criada mais recentemente para atuar no gerenciamento de cemitérios submarinos. As cinzas são colocadas dentro de pequenas esferas de cimento, que juntas, formam uma espécie de coral artificial.

Um banco de coral, depositado no litoral da Flórida ou da Carolina do Norte, pode chegar a US$ 5 mil, mas a empresa oferece a opção de corais coletivos, formado a partir das cinzas de vários mortos, ao custo unitário de US$ 850. No site da empresa, além de vídeos e fotografias, é possível conferir o calendários dos próximos funerais submarinos.

Opções bem mais mais caras do que as citadas acima são oferecidas pela Houston's Celestis (http://www.memorialspaceflights.com/). Em vez do mar, a empresa optou pelo espaço como depositário dos restos mortais de seres humanos. As cinzas são acondicionadas em pequenos recepientes de alumínio e lançadas a partir de uma base aérea localizada na Califórnia.

O preço é salgado. A Celestis cobra cerca de US$ 1 mil por cada grama de cinza depositada na órbitra terrestre. Se o destino for a órbitra lunar, o preço sobre para US$ 12,5 mil, valor cobrado para o transporte de um frasco com sete com sete gramas de cinzas.

Quem não gostaria de olhar para o céu e sentir que um ente querido está neste momento em algum ponto do Universo?, provoca um porta-voz da Houston' Celesties. Os cilindros com as cinzas percorrem uma distância equivalente a 28 mil vezes a órbitra do planeta antes de retornar à atmosfera terrestre, quando se desintegram (tanto o cilindro quanto o seu conteudo, é bom que se diga).

Toda a trajetória das cinzas - até a evaporação - pode ser acompanhada no próprio site, por meio de mapas online. Uma “cerimônia” que asssiti indicava que o reingresso na atmosfera terrestre ocorreu em uma região da Austrália.

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